quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mudar

Você já mudou? Mudou de quarto, de sala, de casa...de emprego ou de marido?
Se sua resposta é não, duvido. Se a resposta é sim, pergunto: como você lidou com esta mudança?

Sem saber, sem nos darmos conta ou querermos, mudar é um movimento constante do universo. Desde o dia em que nascemos mudamos a cada dia, o corpo e a mente.

Seguimos ora com medo da mudança, ora desejando-a como se ela não estivesse presente em cada minuto da existência. Alguns têm aversão a ela, seja de qual forma se apresente. Outros fogem dela como se isso fosse possível. E alguns a abraçam, dão boas-vindas e as acolhem como bebês carentes que precisam de atenção e carinho. Tenho a impressão que estas são as mais felizes: sabem dizer sim.

Lendo um dos meus autores preferidos, Osho, encontrei uma das mais lindas constatações: acolher as mudanças é divino, por que elas representam o presente, o tempo presente e o sim. Mudança que pertence ao passado já não é mais mudança. E se pertecem ao presente, são a expressão de Deus. Pois, não podemos nos referir a Deus no passado. Deus não era ou será. Deus é! Lindo isso. Mudar é divino, acolher as mudanças significa coragem. E ter coragem é viver a vida no presente, importando-se com o aqui e agora. É encarar o medo e o medo de ter medo, sabendo que o presente é novo, que a cada dia que se passa é uma novidade. E que Deus é isso. Se encontrar com Deus é permitir que a mudança se instale e traga com ela as possibilidades de aprendizado, de conhecer e descobrir habilidades, pessoas e situações novas.

Mudar é estar vivo. Quem não acolhe a mudança não se renova, não se reinventa. E quem não tem coragem para deixar a mudança chegar, não tem amor pela vida, ao contrário, é temente a ela. Medo é contrário ao amor. Com medo nos encolhemos, com amor expandimos.

Em nível planetário e mundial passamos por uma das maiores mudanças da qual nós, os viventes dessa era, nunca imaginamos ser testemunha. Estamos no cerne de uma mudança estrutural nos sistemas de relacionamento com as pessoas, com o dinheiro, com o trabalho e com a sociedade, jamais vista. Barack Obama em seu discurso de posse conclamou: “é hora de assumirmos responsabilidades, por nossos atos e por toda a situação da qual nos encontramos. É hora de agir, comprometendo-se com o resultado”. Este homem que assume a potência do mundo parece sentir e ver o quanto precisamos mudar e o quanto precisamos acolher estas mudanças que estão, ainda, nos atropelando.

Basta! É hora de desenvolver a coragem para amar. Agir com amor, em seu sentido mais amplo, para sair do clichê de construir um mundo melhor para, de fato, sermos agentes e não es(x)pectadores dessa mudança.
Deixe o seu coração falar. Abandone a mente; ela mente, engana você. Fruto dela é o ego que se alegra com a posse, com a ganância, com a guerra. Abandone o ego e dê vazão ao coração. Ele é sábio, por que nele mora o amor. Reconheça o coração como àquele que “Que conhece o que é verdade, que não quer o mal. Não sente inveja ou se envaidece. Por que o amor é o fogo que arde sem se ver. Pois, mesmo que falássemos a língua do anjos, sem amor nada seríamos.”*
*Adaptação por Deborah Leite de "I Coríntios 13" e "Soneto 11" de Luís de Camões – Música e letra de Renato Russo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito do que escreveu profundo e poético. Parbéns! Fernanda

Isabela disse...


Lindo oq escreveu!!!! E sabe de uma coisa??
Graças a Deus q temos q mudar sempre, e se não mudarmos nos ferramos , e eu prefiro ser essa metamorfose ambulante!!Sempre!!!!
Bjos linda.