terça-feira, 28 de outubro de 2008

Crise, que nada! Oportunidade

Crise, que nada! Oportunidade

“Em ação coordenada, os bancos centrais ao redor do mundo cortam suas taxas de juros em meio ponto percentual. A medida inédita tem objetivo de conter a crise financeira internacional e evitar uma recessão econômica no mundo.” Esta foi a notícia de capa do jornal O Globo, dia 08 de outubro de 2008.

Poucos anos atrás, acharíamos impossível uma ação dessas. No entanto, a proposta de atuação conjunta aconteceu com países que já travaram guerras entre si. Diante da possibilidade de se deflagrar uma recessão mundial nunca antes vista, ao contrário do que estávamos acostumados, assistimos a um consenso em prol de uma causa: salvar o mundo de uma “quebradeira” sem precedentes. E tudo começou com o anúncio de que os EUA - o ícone do capitalismo - estavam em crise.

Estaríamos vendo o começo de um novo tempo para aprender a viver de outra maneira? Com proporções mundiais, em meio à crise, não estaria aí a oportunidade do ser humano começar a ver a vida, suas relações sociais, econômicas e de trabalho de uma nova forma?

Há algumas décadas podemos perceber que o olhar deixou de ser local. As religiões se proliferam e o número de pessoas em busca de um sentido maior do que o financeiro aumentou. E isso talvez tenha começado com o conceito de globalização. Uns foram contra, outros a favor. Mas não houve jeito de freá-la. Instalou-se. E com ela, a atenção para a necessidade mundial de cuidar do meio ambiente e o entendimento da responsabilidade individual, com o homem agindo para proteger o planeta das conseqüências das suas próprias ações.

Ao mesmo tempo, cresceu a responsabilidade social, onde indivíduos, sociedade e empresas se unem para fazer o que, antes, era delegado ao governo: cuidar dos menos favorecidos e desamparados. Sem dúvida que o momento pede ação. Individual, coletiva, global. O que move não é mais somente o seu e o nosso instinto de sobrevivência, mas sim o de garantir a sobrevivência dos descendentes. Pensar no mundo que deixaremos para os nossos filhos e netos deixou de ser papo para ecologista chato e de filósofo existencialista, para fazer parte das nossas mesas de jantar e das nossas reuniões de família e de trabalho.

Pensar no futuro não é mais para amanhã. O futuro chegou mais rápido do que prevíamos, nos pegou de surpresa e às vezes chega a amedrontar como um vilão de um filme de suspense. Neste contexto, os mais pessimistas diriam: é o fim do mundo não há o que fazer. Os otimistas, como eu, lembram: quando você nasceu havia apenas uma chance em um milhão e você nasceu. Portanto o que parecia impossível em termos racionais aconteceu. Logo, é claro que é possível ser um agente transformador e fazer algo para mudar.

Como o nosso interior se reflete no exterior, comecemos por nós. É hora de sermos mais complacentes, mais pacíficos no nosso dia-a-dia. É o momento de aprendermos a exercer a solidariedade, a compaixão e, sobretudo o amor por nós e ao próximo. Lembrando que amor não é sentimento, e sim, comportamento e escolha. Esta é a real oportunidade que existe ante a crise. Crescermos por dentro e tirarmos dela o que melhor houver em nós.
Lembrando as palavras de Krishnamurti, “Deve haver - e penso que há - um diferente acesso à existência, uma diferente maneira de viver, sem esta batalha, sem este medo, sem estes deuses já de todo insignificantes, sem estas ideologias - comunistas ou religiosas - que já quase nada significam. Parece-me que deve haver uma diferente maneira de viver... já que a crise se verifica na consciência; não é econômica ou social”. Afin

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Você sabe o que é epifania?

Por Deborah Leite

Epifania é uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do significado de algo. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou a última peça do quebra-cabeças e, a partir daí, consegue ver a imagem completa" da resolução do problema.

Epifania é aquele momento em que algum fato ocorre e muda o curso da sua vida. É o "grande" momento de revelação, quando a gente pára para ver uma situação e sentir que tudo mudou e tudo, daqui para frente, será de outro jeito.

Cazuza, o grande poeta e músico que fez fama nos anos 80 e morreu de AIDS, mostrou a sua epifania nos versos da música “Ideologia”, quando canta: “O meu prazer, agora é risco de vida. Meu sex and drugs, não tem nenhum rock’n’roll”. E continua ...”Pois aquele garoto que ia mudar o mundo, mudar o mudo. Agora assiste a tudo em cima do muro, em cima do muro”.
Nestes trechos fica clara a grande mudança de paradigma que Cazuza foi obrigado a fazer na sua vida, por conta de sua doença que o levaria ainda jovem.

Na religião a Epifania do Senhor, significa "a aparição; um fenômeno miraculoso". É uma festa religiosa cristã que, no passado, era celebrada no dia 6 de janeiro, 12 dias após o Natal. Mas, a partir da reforma do calendário litúrgico em 1969, passou a ser comemorada 2 domingos após o Natal. Para as religiões cristãs, ela representa a assunção humana de Jesus Cristo.
No sentido literário, a "epifania" é o momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou um incidente que "ilumina" a vida da personagem.

O nascimento de um filho, o casamento ou a conquista de um objetivo pode representar para algumas pessoas uma epifania.
Na minha vida, ela ocorreu com a morte de meu pai. A partir daquela data, muitas lições passadas por ele em vida, que não faziam sentido para mim, passaram a fazer. Verificar o quanto ele estava certo em seus alertas e em suas sábias palavras, que ajudaram a construir o meu caráter, só foi possível na etapa em que eu já não podia mais contar com a sua presença.
Morar com amigas foi uma outra epifania. Pois, significava, além da realização de um sonho, a legitimação do meu sucesso enquanto adulta. Gozar da liberdade de ser eu mesma, fazer o que bem entendesse e alcançar a independência financeira eram a prova certeira de que todo o medo que tinha de não conseguir era infundado. Eu já tinha conseguido!! Era livre e decidia meu próprio destino.

E na sua vida? Quais foram as epifanias?
Contabilizá-las e revivê-las podem ser belas maneiras de valorizar-se, aumentando a auto-estima e o amor próprio. Ter certeza de que somos seres mutantes e que a vida tem as suas surpresas, trazendo mudanças que podem mudar o curso dos nossos passos e a visão de passado, presente e futuro, é a grande benece das epifanias nossas de cada dia.

Superação e Resiliência

Por Deborah Leite

Uma super ação, este é o sentido de superação. Quando superamos o que nos parecia impossível, diante da dor, estamos nos super ajudando a agir para mudar.

É bem verdade que a vida é cheia de ganhos, graças e bênçãos. E também é verdade que as perdas fazem parte do viver. Contabilizando, chegamos, muitas vezes, a conclusão de que os momentos de tristeza são mais numerosos do que os alegres. Não sei o porquê, mas, parece que fomos educados para valorizar mais a dor do que o sabor.

No entanto, a capacidade de superar as perdas vai definir a nossa tendência de ir ou não na direção de sermos felizes, apesar delas continuarem a existir. Saber perder não se ensina em casa, nem na escola. Pelo contrário, somos educados para vencer, embora seja certo que iremos, em algum momento, perder. Um paradoxo, difícil de conviver, até que se tenha um mínimo de compreensão da complexidade da vida. Você lembra qual foi a primeira vez que perdeu algum objeto ou pessoa? Estava preparado para isso? Certamente que não. Assim vivemos: como se nunca fôssemos morrer, competindo como se nunca fôssemos perder e nos arriscando em novos empregos ou novos amores, como se fossem eternos.

Perder ou ganhar são subjetivos: toda perda traz algo de novo em si mesma e para ganhar, se faz necessário, na maioria das vezes, que se perca algo. E aí, no que vem a porrada, ela te pega de saia justa, num momento inoportuno e leva de ti o que antes, nem tivera pensado em perder. É isso e pronto. Não tem conversa, não tem negociação, não tem, mas, nem, porém. Já foi! Já é, como se diz na gíria.

Então, o que nos resta? Aprender com a dor? Conformar-se com ela? Arrepender-se? Virar a página? Catar os cacos e sair pela porta de trás, sem querer voltar? Esconder-se de si mesmo? Ou dos outros? Buscar compreender ou reconhecer a própria ignorância? Seja o que for ou significar para você esta perda, o que fará a diferença está relacionado à sua capacidade de superar e ao grau de resiliência que desenvolveu. Resiliência é um termo da física que trata da capacidade de materiais resistirem a choques. Hoje, muito usado por psicólogos e profissionais de RH, neste contexto, representa a capacidade do ser humano de sobreviver a um trauma.

Relacionado à resistência do indivíduo face às adversidades, a resiliência não está vinculada somente a resistência física, mas à visão positiva de reconstruir a vida, a despeito de algum acontecimento negativo que influenciou negativamente a vida. Por isso, um dos atributos das pessoas resilientes é a capacidade de garantir sua integridade, mesmo nos momentos mais críticos.
Os jogos Paraolimpicos são uma boa vitrine para enxergarmos melhor esta capacidade de resistir aos infortúnios da vida e dar a volta por cima. É claro, que exigindo esforço e muita força de vontade. Além da capacidade de focar no positivo, buscando a luz, mesmo que se encontre num apagão temporário do seu ser.

Superar perdas de entes queridos, financeiras, de objetos de valor sentimental, de amigos ou do emprego requer de nós uma forte capacidade de sobrevivência. E, mais do que isso, a de buscar a felicidade e começar de novo através de uma super esforço de ação, de recomeçar resistindo da melhor forma aos embates existenciais.

terça-feira, 17 de junho de 2008

A riqueza que te espera e que você merece

Leitor, antes de começar este artigo, me explico. Tudo que nestas linhas estará traçado faz parte, também da minha busca. Não gostariam que pensassem que já cheguei lá. Não, ainda não. Mas o que me move é a certeza e a fé de que chegarei, tarde ou cedo. Além disso, para que eu chegue é preciso que mais pessoas também cheguem, pois um único ser ao evoluir leva com ele, pelo menos, mais 144 seres que evoluem em conjunto. Por isso, mãos à obra!

O primeiro passo é confiar. Confiança é a força que nos permite ultrapassar nossos próprios limites e medos e acreditar na begnidade da existência. Para isso, é preciso, dentro outras coisas, se abster de percepções da coletividade, como: o mundo está pior ou a violência está crescendo. Foque seu olhar, seus ouvidos e sua boca em acontecimentos bons, em pessoas boas e em histórias de final feliz. Este passo é importante, por que ele implica na mudança de comportamentos muito arraigados em nós. Minha dica é persistir. Todas as vezes que perceber que falou, pensou ou ouviu algo negativo, substitua por algo que lhe agrade. Pode ser uma lembrança que lhe causou felicidade. Confiar vem do latim com fides, isto é, com fé. Sem ela, não é possível construir nada; seja fé na vida, em Deus ou em algum projeto no qual irá se dedicar. Fé, só para ficar bem claro, é muito mais que crença ou dedução de um raciocínio lógico. Fé é um exercício dinâmico de coragem. E coragem, como o próprio nome diz, é ter coração na ação. Ok! Primeiro passo entendido coloque em prática, com fé.

Segundo passo: viver o merecimento. Antes, achava que merecimento era algo decidido longe das minhas ações e mãos. Imaginava: Deus me daria tudo que merecia de bom e o diabo me dar tudo aquilo que merecia de ruim . Ora Deus interferia para receber os bônus vindos das boas ações, ora o diabo entrava em cena para dar o merecido castigo pelas ações erradas, pelos pecados (pecar é tudo que nos afasta de Deus e gera uma emoção ruim, no próximo erro perceba como se sente) e. Ainda bem que estava redondamente enganada. Merecimento, quem faz somos nós. Essa descoberta foi muito libertadora. Você não acha? Então, partindo dessa premissa, acreditem que merecem o que pedem e assim será feito. Viva esse merecimento 24 horas por dia, mas tenham consciência que toda ação tem uma reação igual ou contrária. Portanto, cuidem do pensamento, atitude e palavras, pois tudo isso é = AÇÃO.

Terceiro passo, criar uma imagem do que se deseja. Crie a imagem final do seu contentamento e satisfação por ter realizado a sua meta. Escreve-a e reescreva-a sempre que necessário. Crie um quadro de visões físico, com fotos, desenhos e tudo que te remeter a alcançar a meta e mexam com a sua emoção, de forma que você tenha a cada dia mais certeza que conseguirá.

Quarto passo, mãos à obra. Vença a preguiça e medo, levante-se e rume ao encontro do que é necessário fazer. Ouça a sua intuição, as pessoas e preste bastante atenção a tudo que acontecer com você. Não menospreze ninguém, pois é possível que qualquer pessoa possa nos dar uma mensagem cheia de sabedoria. Lembre-se que sintonizado com a sua meta, todo o universo conspira a seu favor. Ser rico e próspero depende de atitudes e pensamentos prósperos. Doe e receberá aquilo que doar. São Francisco de Assis que foi capaz de abdicar das riquezas mundanas para ir à busca das riquezas da alma, nos ensinou: “É dando, que se recebe”.

Solidariedade entre os diferentes povos do mundo

Em tempos de mudanças profundas mundo afora, seja no campo da macroeconomia, seja no meio ambiente e em conseqüência das duas anteriores, na sociedade, ser solidário exige de nós, o saber se colocar no lugar do outro. Acredito que solidariedade e generosidade andam juntas, são primas irmãs e arrisco a afirmar que uma não existiria sem a outra. Pois não há como ser solidário, sem ser generoso.

No dicionário, solidariedade é a responsabilidade mútua; a reciprocidade de interesses e obrigações; sendo também usada para designar um sentimento, ou a união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de um grupo. No dia-a-dia de nossas vidas, pode se traduzir em disponibilidade para ajudar.

Despertar este sentimento exige de cada um nós amadurecimento emocional e espiritual ou uma situação de tensão forte e extrema. Vemos a solidariedade se fazer presente em maior proporção nas grandes catástrofes. Recentemente, o ciclone Nargis, que devastou Mianmar (antiga Birmânia), fez com que assistíssemos embora perplexos com a tragédia, a ajuda humanitária chegando de diversos países aos milhões de desabrigados, extremamente necessitados de solidariedade. Do lado contrário da solidariedade, vemos desde a passagem do ciclone há quase um mês a dificuldade de, alguns funcionários estrangeiros de organizações de ajuda, receberam a permissão do governo militar para entrar no país.

Em outras ocasiões do mesmo vulto, também pudemos presenciar mutirões e grandes mobilizações para ajudar ao próximo. No entanto, pergunto: por que precisamos ser tão sacudidos para tomarmos uma atitude? Por que não somos solidários todos os dias, com todas as pessoas, em cada ação do nosso corrido viver? Será que precisamos da dor para exercer o amor na sua forma mais genuína e desinteressada?

Ser solidário exige de nós a doação, sem espera de retorno. Exige a compaixão, sentir a dor do outro. Demanda tempo, vontade, ação. Ser solidário é amar incondicionalmente.

Para amar assim, precisamos nos despir de preconceitos, julgamentos e da ilusão de separação. Quando os vemos precisando de tudo e nos movemos a doar, achamos, erroneamente, que eles, não somos nós. Agindo solidariamente, esquecemos de nós e nos doamos aos que precisam.

Nesta nova era, assistimos, ora como espectadores e ora como atores, às novas exigências de atitude. Empresas acordam para a necessidade da ação responsável nos âmbitos ambiental e social. Assim, ela mostra através de diferentes formas, a importância de olhar para lado e ver o próximo como a ti mesmo.

A solidariedade entre os diferentes povos do mundo, começa com o entendimento que não há diferenças entre nós. Com a consciência de estamos no mesmo barco, vulneráveis às mesmas mudanças e unidos por uma mesma vontade: a de fazer daqui um lugar melhor para viver. Talvez, em breve, não estejamos mais aqui. Mas, ser solidário passa por pensar no aqui e agora, no irmão ao lado ou naquele que está do outro lado do mundo; até o filho, neto ou bisneto que ainda não está aqui, mas caso um dia venha estar, encontre um planeta lindo como aquele que, um dia, ao chegar aqui, tivemos a sorte de encontrar.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Você que foi, não quer voltar?


Por Deborah Leite

Movidos pela busca de melhores oportunidades de trabalho e de crescimento financeiro, brasileiros (os mineiros são os recordistas) imigraram para os EUA com o coração cheio de esperança em dias melhores.

O processo migratório com destino aos EUA começou na década de 60. Antes disso, nos anos 50, os americanos já tinham disseminado pelo país o seu “way of life” deixando um gostinho de que terra fértil era a do Tio Sam. Com a repressão política, a ditadura e tudo o que implicou para o país, naquele momento, o Brasil deixava de ser um país do amanhã. Era um país de um hoje com poucas oportunidades e difícil de viver em meio a tanta repressão.

Vivendo sob a promessa de sucessivos milagres econômicos que não se concretizavam, a juventude brasileira foi, durante décadas, incentivada a estudar e morar fora do Brasil. Era comum a frase: “O último que sair, apaga a luz”. A propaganda e a promessa vindas através de filmes holywoodianos eram sedutoras e convincentes a ponto de milhares, ou melhor, milhões de jovens terem deixado o país durante os quase 30 anos da ditadura e os anos seguintes a ela. Sem nunca interromper o processo migratório, inerente ao ser humano.
Mesmo com a democracia restabelecida, sofremos durantes anos os déficits deixados pelos militares.

Década de 90. O plano real é adotado, instaurado e hoje, ainda, um tremendo sucesso, que culminou, finalmente, na estabilização e fortalecimento da economia brasileira.

Início do século XXI. O ano de 2008, apesar de toda a crise americana, começa com notícias boas para a economia brasileira. Teria finalmente, chegado a vez do Brasil?

A hora do Brasil crescer e mostrar a potência que é? Segundo a Revista Exame de março de 2008, edição 913, o Brasil vive um das fases mais promissoras da história: “Atualmente vivendo o melhor momento econômico em três décadas, com uma inédita combinação entre estabilidade, aumento do consumo e da renda e investimentos records na produção, este é o desenho do Brasil de hoje”. Já contando com o maior mercado acionário emergente, o país mostra que tem gente visionária que enxergou esta oportunidade muito antes de nós, brasileiros. Falo de Warren Buffet, o americano mais rico do mundo com fortuna estimada em 56 bilhões de dólares, declarou que a sua empresa, a Berkshire Hathaway, lucrou em 2007, pasmem, 2,3 bilhões de dólares, apostando no real contra o dólar.

Diante dessas notícias e desse promissor mercado, você que é da terra e está há milhas e milhas distante de seu amor ou da sua família, já parou para pensar que está na hora de voltar? Que tal investir seus anos produtivos, a sua força de trabalho, a criatividade tipicamente brasileira e sua força de realizar num país que, apesar de todos os conhecidos problemas, é maravilhoso, simplesmente por ser o SEU país.

Afinal, um bom filho a casa retorna. Reflita.

Contatos: deborah_leite@yahoo.com.br

domingo, 3 de fevereiro de 2008

A importância do endomarketing para as organizações

Como tudo na vida, para alcançarmos entendimento das situações, ações e processos, é preciso maturidade. Ela vem com o tempo e, com ele, os exemplos, as melhores práticas, os cases de sucesso e de insucesso, também. Não é diferente com o endomarketing. Considerado uma prática recente nas empresas brasileiras, ainda estamos longe de chegar à maturidade. Muitas empresas ainda não valorizam este importante processo de interação, integração e diálogo que se estabelece através das ações de comunicação interna. Inclusive, vale uma pequena explicação para diferenciar o endomarketing da comunicação interna, frequentemente confundidos.
Endo = para dentro, marketing = mercado. Aparentemente antagônicos, o prefixo mais a palavra marketing se juntaram pela cabeça do autor brasileiro, Saul Bekin (pioneiro no tema no Brasil), para aplicar internamente as consagradas ações de marketing resumidas nos 4P’s de Kotler.

Desde então, o endomarketing tem como principal função traduzir em ações internas a promoção, o produto, o preço e a praça. Quando se pensa em promoção, podemos fazer um paralelo com as campanhas motivacionais e informativas sobre os objetivos da empresa, os eventos, as campanhas de lançamento de produtos/serviços para os colaboradores, tudo feito através dos veículos de comunicação internos (e-mail, Jornal Mural, Portal, Intranet, House Organs, SMS,Blogs, etc). O produto, por vezes, é a empresa, seus objetivos, missão e valores. O “p” de preço pode ser traduzido internamente quando se fala em benefícios ou quando se fala do preço dos produtos ou serviços para seus colaboradores. E a praça, quando a empresa tem várias unidades e as ações de endomarketing exigem logística elaborada para que sejam executadas e tenham o alcance desejado. E a comunicação interna é apenas uma das ferramentas do “p” de promoção. Logo, podemos dizer que o endomarketing concentra todas as práticas de marketing que podem e devem ser aplicadas internamente para estreitar o relacionamento da empresa com seus stakeholders (colaboradores, fornecedores, acionistas, comunidade). A comunicação interna é, portanto, o pilar onde se assentam a veiculação e a publicação de todas as ações e estratégias planejadas para a realização do endomarketing.

Atualmente, grandes empresas têm se mostrado atentas a ponto de destinarem recursos consideráveis para as ações de endomarketing. Essas empresas são exemplos de que ações bem planejadas e bem executadas trazem resultados, pois não é à toa que elas, com certa freqüência, figuram nos anuários como empresas melhores para se trabalhar.
Figurar nesses anuários - Revista Época e Exame - é um belo cartão de visitas para nossas empresas, mas para isso é preciso ter feito o dever de casa do endomarketing de envolver e comprometer os funcionários com os resultados dos negócios, para conquistar o maior diferencial competitivo de todos: as pessoas. Hoje, isto passou a ser um dos fatores mais importantes para as organizações. Pois, colaboradores comprometidos, engajados, motivados e informados são os mais preparados para compreender e enfrentar os desafios que cenários complexos de negócios frequentemente apresentam.

Entender para onde a empresa está indo e o qual o papel do colaborador nesse contexto é apenas uma das tarefas que o endomarketing tem que dar conta para que a organização entenda a importância de se dar atenção ao público interno, o primeiro comprador da empresa. Afinal, se o seu colaborador não acredita na sua empresa, quem mais vai acreditar?

Artigo publicado no site : http://www.farejando.com.br/

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Enquanto o ônibus não vem

Parada no ponto começo, então, a refletir. Enquanto ele não chega, penso na inconstância da vida. Olho as pessoas ao meu redor. Todas tão diferentes de mim na aparência e profundamente iguais a mim, no sentimento.
Tem um clima de fim do mundo no ar, populando o imaginário das pessoas. Principalmente dos que moram nos grandes centros urbanos, nas cidades do interior ou nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Em todos os lugares, o perigo mora ao lado. São crimes hediondos, assaltos, assassinatos e muitas outras formas de violência.
Enquanto o ônibus não vem, percebo no olhar de alguns que passam uma esperança vazia de que um dia, algo vai melhorar.
Reflito mais uma vez: será que chegarei em casa?
As notícias encharcam os jornais de sangue: “Bandidos ateiam fogo em ônibus, mais de 50 pessoas queimadas”. O medo da incerteza cresce.
Atrasado, ele chega. Subo as escadas, dou uma olhada geral, para decidir se fico ou se saio e pego outro. Todos me parecem do bem, decido ficar.
Durante o trajeto, perco a conta de quantos homens, mulheres e famílias, se alojam e dormem na rua. Em meio à sujeira, a poluição e sob o sol a pino; estão todos despidos de dignidade. O que pensam? Sobrevivem, mas não sei e não entendo como. Bem ao lado, compondo a paisagem, prédios altos e luxuosos. Homens engravatados, carros importados e saltos altos. Contrastes alarmantes, exagerados... Alguém os percebe?
Indignada!? Sim, mas sentindo-me impotente. Em busca de fazer algo, e sem saber o que ou como. Quando vamos parar?
No dia seguinte, a manchete nos jornais: “Mais um crime estarrece a sociedade”. Franceses são assassinados brutalmente, em um apartamento de classe média, por seus funcionários – ex (atuais) delinqüentes. Eram os responsáveis por uma ONG. Os franceses haviam enxergado como e o que fazer para tentar diminuir as distâncias; trabalhando para retirar das ruas os “meninos de rua”. Me dou conta de que cada vez mais cedo, eles cometem crimes. Têm 19,20,25 anos.
Mais um dia à espera do ônibus e com a mesma atitude, olho nos olhos de quem passa. Nada mudou. São os mesmos olhos, famintos de esperança, de que dias melhores seriam muito bem-vindos.
Dia vai, dia vem... Famílias são mutiladas e nada é feito. Tenho a desconfiança que a sociedade continua com os mesmos sentimentos de arrogância e indiferença. Seria a indiferença, uma forma de autodefesa?
Cada um de nós, com pensamentos egoístas, decidindo o que fazer para sobreviver; igualzinho àqueles que vivem nas ruas? Paredes, muros e condomínios já não protegem ninguém de nada. Estamos todos vulneráveis e expostos às mazelas de uma humanidade que cresceu esquecendo-se de quem está ao lado. Multiplicou-se sobre os pilares da máxima “É cada um por si e Deus por todos”. Se não é comigo, o que tenho a ver com isso?
A violência invade nossas casas nas telas da TV. Ela está nos cinemas, com bilheterias recordes. Nas brincadeiras de criança, com revólveres de plástico, e, muitas vezes, no seio da nossa família. Infelizmente, ela está dentro de nós, quando, por exemplo, soltamos um palavrão no trânsito. Introjetada em nossas vidas ela precisa ser banida e no lugar dela colocado amor, por que só o amor constrói.

Tempo: Senhor da razão.

Há quem se preocupe com o tempo. E há também, quem não se preocupe com ele.
Existem aqueles que se preocupam com a previsão do tempo. Será que vai chover? Amanhã vai dar sol?
Há quem corra contra o tempo e faz mil coisas, ao mesmo tempo.
Há quem corra contra ele, usando cremes e fórmulas milagrosas. Cremes para esconder a passagem do tempo.
Há quem nem se deu conta de quanto ele é irreverente, e não volta atrás. É teimoso, e teima em ir apenas para frente...
Mas há quem viva no passado. E há também, quem vive de passado. Para esses, o tempo não passa, vivem de lembranças.
Há quem viva no futuro. O que menos há, é quem viva no presente. O único tempo que podemos mudar. Estranho é que nele, onde menos tempo sabemos ficar. Um instante e lá se foi o presente para o passado...
Presente, passado, futuro. Todo o tempo, facetas de um mesmo tempo dissimulado que muitas vezes confunde a ponto da gente nem saber mais em que tempo está.
Inimigo do espelho, nele o tempo mostra a sua cara! E o caminho, é apenas um: o envelhecimento.
Há quem diga que não sente o tempo passar. Para esses, a justificativa é que o corpo envelhece, mas o espírito continua jovem. Pobres jovens de espírito levam um susto quando não reconhecem a mudança do corpo, trazida com o tempo. De repente, a surpresa: em mim, vejo o rosto da minha vó.
O tempo relativo. Coisas boas passam logo. Dores demoram mais... Mas tudo é relativo, por que o tempo pra mim é um e pra você é outro.
Tempos de plantar e de colher. De esperar, e de desfrutar. Tempo de pensar, de fazer e de nada fazer.
Tempo de reverter, de inverter. De pedir perdão, de perdoar. De dar e receber. De refletir.
Engravidar, esperar, nascer, viver e desde o primeiro instante, começar a morrer.
Mas tempo de morrer, também é tempo de renascer. Por que tempo é cíclico... Ele sempre nasce, vive e morre, e volta de novo a nascer, viver e morrer.
A cada pôr-do-sol ou a cada amanhecer, um novo ciclo. Um novo tempo.
Há quem viva em tempos de guerra. Há quem, há muito tempo, perdeu a esperança. E sempre há quem, embora o tempo continue a passar, nunca a perderá.
Ganhos, perdas
Luz, escuridão
Sol, lua
Amor, ódio
Noite, dia
Não importa o lado da dualidade, ele sempre passará. Ele, o tempo, soberano com seu inexorável movimento à frente, sem saber onde vai dar, seguindo sem nunca acabar.
Volta tempo, volta e ensina a te domar. Dá chance para tudo mudar. Ou se fizer de novo, tudo que fiz, me faça ter um outro olhar te acompanhar.
Seja amigo, não inimigo. Pára! Aonde você quer chegar? Dá um tempo pra gente começar a mudar, se é que ainda temos tempo de alguma coisa salvar. Estamos em perigo e você nem pensa em parar. Escuta nosso grito de alerta, nós precisamos de tempo para aprender a mudar.
Não seja carrasco, Senhor da Razão, é tempo de mudar para ser o tempo, Senhor da Emoção.

Verdades e mentiras sobre aquecimento global

Em quase cinco bilhões de anos de vida na Terra, estima-se que já houveram por volta de cinco grandes extinções. Em todas elas os terráqueos ( moradores da terra) foram dizimados em quase 100% ou em menor proporção, dependendo da crise climática. Estaríamos a caminho da sexta?
De frente para um quadro ameaçador, perguntas sem resposta não faltam. Vale pensar que de alguma forma a terra depende da nossa “bondade” para sobreviver? Ou seria o contrário?
Em meio a controvérsias, uma unanimidade: o planeta está mudando.
Transcrevi alguns trechos de artigos me levaram a reflexão. Espero que eles façam o mesmo com você, leitor. A proposta é que possa tirar suas conclusões, para então, fazer o que acha certo e está ao seu alcance. Mas por favor, faça! Se optar por pecar, peque pelo fazer em detrimento do não fazer.
Ecologistas: não sabemos tudo
“Fazer prognósticos sobre a mudança climática, mesmo conhecendo todos os fatores que o compõem e influenciam (e estamos muito longe de ter esse conhecimento), necessitaria conhecer o impacto individual de cada fonte de emissão gasosa e a soma energética de todos os fatores planetários que, por acréscimo, mudam seus valores a cada segundo.Da revolução industrial até a presente data temos sido simplistas, e toda a responsabilidade contaminante do ambiente é agora atribuída ao homem, sobretudo às populações humanas cujo desenvolvimento industrial e riqueza acumulada permite pagar “suas culpas” ao inquisidor ecologista. De outra forma não valeriam a pena essas campanhas para “salvar” o planeta.”(Fonte: Revista Hispano Cubana, nº 28, maio-setembro de 2007, págs. 103-112.)
“Não há dúvida de que o globo está aquecendo, mas ele já aqueceu e esfriou antes e não está tão quente hoje quanto esteve séculos atrás, antes que houvesse automóveis e antes que houvesse a queima de combustíveis fósseis. Nenhuma das terríveis conseqüências previstas até hoje aconteceu. O documentário “Uma verdade inconveniente” analisa alguns dos muitos fatores que causaram o aquecimento e esfriamento da Terra por séculos, incluindo mudanças em atividades do sol, que fica a 150 milhões de quilômetros da Terra e, portanto, totalmente fora da jurisdição do Tratado de Kyoto. De acordo com os cientistas do clima, as atividades humanas têm muito pouco efeito, quando comparadas com muitos outros fatores que vão dos vulcões às nuvens”. (fonte: * Thomas Sowell é doutor em Economia pela Universidade de Chicago. Atualmente é colaborador do Hoover Institute.)
Sina - amor de mãe, desgosto de filha
Contrariando a natureza, a mãe terra está cansada. Ainda numa última tentativa de educar seus torna-se severa e grita em tsunamis e terremotos: “Eu sou a mão terra, deveria ser o seu paraíso, presente de Deus. Sempre ofereci tudo o que é necessário à sua vida. Agora, preciso da sua ajuda. Rogo que cuidem bem de mim plantando, reciclando, despoluindo, para que possamos viver em harmonia novamente, para que animais e plantas continuem a viver e para que as condições de vida humana melhorem, antes que seja tarde demais...”
Movimento: Abraço-Terra!
Trabalho Internacional de Vibração para a Terra, de acordo com a Lua. Acompanhe o calendário e abrace a terra transmitindo amor e luz. Meias verdades ou mentiras inteiras à parte, o importante é fazer algo, ainda que seja, em forma de pensamento.

Histórias de sucesso. A sua pode ser uma.

O que motiva alguém a deixar para traz o país, a família e os amigos? Quantas possibilidades nascem dessa escolha? Tomar a decisão de viver em outro país, passar pelo abandono do velho e ter coragem para o novo.
Com a mente tomada pelas possibilidades, partimos no rumo das oportunidades. É o momento da decisão, onde somos movidos por uma exacerbada crença no positivo. Os sonhos são fartos: casa própria, estudar em Stanford ou Berkeley, carrões ou apenas uma vida mais estável. Como nem tudo são flores não demoram os espinhos: os EUA enfrentam uma dais maiores crises dos últimos 50 anos.”Aumentaram as taxas de inadimplência, falências e execução de hipotecas. Como reação, os bancos endureceram as condições para a concessão de hipotecas e créditos em geral. Queda no consumo, o sustento da economia nas horas difíceis do setor hipotecário durante o último ano. Ainda que mantenham em baixos 4,5%, os índices de consumo e desemprego, costumam demorar a reagir às mudanças nas condições econômicas.” (fonte: IG Economia). Diante desse cenário, estatísticas apontam que 95 de cada 100 empregados americanos chegarão aos 65 anos dependendo do governo, da família ou continuarão trabalhando para sobreviver. Pesquisas mostram: 80% das pessoas que abrem falência o fazem por falta de $300 no seu orçamento mensal.
Se para os americanos a situação não está fácil, para os brasileiros a “bolha imobiliária”, como vem sendo chamada, caiu como uma bomba. Depois do início da crise estima-se que cerca 300 mil brasileiros, entre legais e ilegais que vivem nos EUA estão no estado de Massachusetts. Segundo o Centro do Imigrante Brasileiro em Massachusetts, pelo menos 25 mil brasileiros pagam hipoteca e muitos estão passando sérias dificuldades e até perdendo os imóveis que compraram.
Mas e o sonho do qual falei no início do artigo? Bem, como o provérbio chinês diz ”é da dificuldade que nasce a oportunidade” e da variedade de possibilidades que nascem outras possibilidades, conceitos, verdades e formas diferentes de sentir-se bem com a vida. Sendo assim, mesmo em meio a grandes crises, pessoas enriquecem. Geralmente, as mais criativas e dispostas a encarar o novo são as que conseguem colher frutos de um solo aparentemente infértil. Conseguem ver além das aparências e se entregam às novas descobertas para ir em busca de um futuro melhor. São pessoas como Olga Fontoura que procurava emprego de baby-siter, antes de conhecer uma nova maneira de trabalhar. Ela nos conta que conheceu esse conceito através do Fabricio Nobre e no primeiro mês ganhou mais de $6400 e hoje, 12 meses depois, comemora ganhos acima de $250.000. Augusitin Covarrubias, de 24 anos, conta: antes de conhecer esse conceito trabalhava em construção e morava em um apartamento pequeno. Hoje, se alegra ao contabilizar ganhos maiores que $15,000 ao mês e viver em uma casa de quatro quartos. Tomas D'Abramo é outro exemplo, ele conta que desde que chegou da Argentina trabalhou muito e ganhou pouco. Hoje, trabalhando esse conceito "part-time" superou seu salário, fato que o motivou a deixar o trabalho.
Ser uma pessoa de sucesso é uma questão de escolha. Vida é feita de escolhas e sucesso de boas escolhas. Estas e muitas outras histórias, você poderá ouvir na palestra..................... no dia .......................... em ................................
Entre em contato com Fabrício Nobre pelo e-mail fabriciornobre@yahoo.com - ou pelo telefone – 562-331-1195 e saiba como fazer da sua história, um sucesso.

Filhos, por que tê-los?

Toda mulher concorda que “Ser mãe é padecer no paraíso”? Ser mulher é a arte de saber sofrer sorrindo, sem ficar amarga, e magra. Mulher, às vezes sofre quando menstrua, e quando não, também, dependendo da fase da vida. Quando demora a casar e via de regra quando casa, por que pela pressa, escolhe errado. Quando já passou dos 30 e não consegue engravidar. Investe na carreira, trabalha que nem homem e ganha como mulher. Estuda mais, dedica-se muito, mais mesmo assim, em pleno século XXI, ganha em média 20% a menos. Tem dupla jornada, às vezes tripla. E ainda é cobrada para ser compreensiva, delicada, atenciosa e feminina. Tem que saber sentar direito, rir discretamente, cruzar as pernas. Ser conciliadora, falar baixo e ser fiel é mandatório. Uma puta na cama e uma dama na sociedade. E por fim, e muito mais importante, tem que ser mãe. Uma mulher de verdade, é mãe nata.
Ser mãe é ter oportunidade de doar e não esperar nada em troca. É a chance de colocar em prática a compaixão e o verdadeiro amor, de forma natural. Por que mãe ama seu filho, assim que gera. É um amor desconhecido, profundo e tão forte, que para ser mãe só é preciso criar.
O tempo passa, o tempo voa. Às vésperas de comemorar 40 anos, muitas mulheres da sociedade moderna, não encenaram o lindo papel de mamãe. Não perdem as esperanças, não! Fazem uma retrospectiva, avaliam a vida e concluem que agora chegou a hora. Recursos tecnológicos, inseminações e fertilizações, estão aí para ajudar.
O que nos impulsiona? Deixar para a humanidade um legado?
Passar valores, as coisas boas e o inocente desejo de poder sempre protegê-lo do mal, fazendo um homem de bem. Trabalhar e viver por causa dele. Dar a uma alma, um corpo de vida. Carregar no ventre uma semente de Deus. Exercer a divindade e, literalmente, dar a luz. Gozar de um sofrimento que dá mais prazer do que dor.
Ser mãe é sofrer quando o filho não come. É ter energia suficiente para brincar horas a fio, sem perceber o tempo. É ser sua heroína. É colocar de castigo e de boa, passar a ser bruxa. É saber dizer não com firmeza. É saber que nunca mais poderá fazer nada sem antes pensar, em primeiro lugar, nele. É se colocar em segundo lugar, sem significar perda de auto-estima. É garantir um futuro melhor que o seu. É não dormir direito quando recém-nascido, na primeira infância, na adolescência...é nunca mais ter o mesmo sono. É ver de perto quem são as companhias, é explicar o não. É alertar para as drogas, a camisinha, a gravidez precoce. É amar. É dar a vida, sem perdê-la. É perder a identidade, deixar de ser você e passar a ser a mãe do Miguel, do Thiago, da Larissa. É escolher um nome que represente tudo que ele significa, mesmo antes de nascer. É dar nome de Arcanjo, assim como Deus, para nomear aquele que passará a ser o maior presente, o seu futuro e a quem dará mais sentido a sua vida, mesmo que em muitos momentos isso signifique sofrer. Ser mãe é realizar a vida.